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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ainda sou o mesmo

Ainda sou o mesmo garoto que corria na rua atrás da bola e a assistia estourar por debaixo dos carros ou se perder por algum terreno baldio, que observava as pipas irem embora suavemente por trás do horizonte sem conseguir buscá-las, que quebrava as vidraças e os pisos com o escapar do peão ou do skate e se escondia no telhado para não apanhar, que se frustrava com cada pingo de chuva que batia na grama do quintal, que ia atrás da eterna felicidade instantânea mesmo que às vezes a volta para casa fosse carregada de lágrimas, mas que mesmo assim não perdia a esperança de um amanhã ainda mais belo. É, eu ainda sou o mesmo.

Igor Pollauf

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