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domingo, 13 de novembro de 2011

Sou eu mesmo o errado?

Me pergunto, insistentemente: - "Sou eu mesmo o errado nisso tudo?" pois, não consigo ver lógica neste sujo sistema de robotização humana. Ruas cheias de pessoas, umas mais belas do que outras, com roupas novas e carros velozes, mas todas tão idênticas, homogêneas e previsíveis. Uma massificação de interesses reciclada diariamente no dinamismo do mundo. As miras dos olhares tristes apontadas sempre para os mesmos alvos, numa guerra de status. Os sorrisos raros e amarelos escondendo os corações gelados e vazios. Uma extensa multidão de solitários Homens lotando os vagões deste trem sem horizonte, insistindo estarem no caminho certo.
E então?
Sou eu o errado em acreditar numa vida, de fato, preenchida por algo verdadeiro? Sou eu o herege que vai contra a imposição desses livros buscando a real liberdade, o real sentido de viver? É errado procurar amor atrás dos muros ao invés de moedas no chão? Será ignorância da minha parte acreditar em contos de fadas e em finais felizes? Sou eu mesmo o errado?
Por enquanto não sou e nem tenho as respostas para tantas interrogações, mas sei que uma hora fecharei os olhos, sorrirei ou chorarei, então saberei se todos os meus erros valeram a pena.

Igor Pollauf

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